O Departamento Penitenciário do Paraná inaugurou nesta quinta-feira (22) a Penitenciária Estadual de Ponta Grossa – Unidade de Progressão (PEPG-UP). A unidade penal tem como proposta preparar os detentos para voltarem ao convívio social por meio do trabalho e estudo em tempo integral, nos mesmos moldes da Penitenciária Central do Estado – Unidade de Progressão (PCE-UP), em Piraquara, que completou dois anos em novembro.
A nova unidade foi instalada no espaço que antes era ocupado por presos do regime semiaberto, após os detentos que ali estavam serem colocados em liberdade com o uso de tornozeleiras eletrônicas. De acordo com o Depen, 140 vagas de regime fechado foram inauguradas na PEPG-UP.
O projeto é resultado de uma parceria do Depen com o Tribunal de Justiça. A Unidade de Progressão faz parte das ações do projeto “Cidadania nos Presídios”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ponta Grossa foi a terceira cidade no Paraná a receber o modelo, que é considerado exemplo em tratamento penal em todo o país – além de Piraquara há uma em Foz do Iguaçu, voltada para as mulheres.
Além da Unidade de Progressão, o Depen inaugurou o Escritório Social e o Posto Avançado de Monitoração Eletrônica em Ponta Grossa. As estruturas foram instaladas em um prédio cedido pela prefeitura.
O Escritório Social oferece suporte e serviços aos presos em monitoramento eletrônico em diversas áreas como saúde, qualificação, encaminhamento profissional, atendimento psicossocial, assistência jurídica e regularização de documentação civil. Já o Posto Avançado de Monitoração Eletrônica é responsável pela instalação, manutenção e retiradas das tornozeleiras eletrônicas.
“Na Unidade de Progressão oferecemos ao preso duas coisas fundamentais para que ele se transforme em uma pessoa melhor, a educação e o trabalho. O objetivo é que ocupe 100% do seu tempo com atividades que o aproximem de uma vida normal em sociedade”, afirmou o secretário especial de administração penitenciária do Paraná, coronel Élio de Oliveira Manoel.
“Parabenizo toda a comunidade de Ponta Grossa que está envolvida nessa experiência desafiadora de encontrar caminhos melhores para a execução penal”, disse o supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do Paraná, desembargador Ruy Muggiati. “É preciso entender que as pessoas que estão presas um dia vão retornar para a sociedade, por isso é preciso verificar as condições em que estão e oferecer a elas uma educação para a cidadania”.
Informações da Agência Estadual de Notícias.
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